sábado, 25 de dezembro de 2010

PAI NOSSO AS AVESSAS

PAI NOSSO AS AVESSAS
(Edolesia Andreazza)

No nosso egoísmo
Chamamos mais alto por Deus
Quando queremos
Que seja feita
"A nossa vontade"...

Imploramos justiça
quando queremos olho por olho
E nao a liberação dos erros

Berramos a glória de Deus
Quando nossas fomes
Foram saciadas

Queremos nos livrar das tentações...
Mas só quando elas
Não nos forem prazeirosas

Na maioria das vezes
Nosso "Pai Nosso"
È as avessas:

_ "Meu pai que estas nos céus
glorifique o meu nome entre os homens

Seja feita a minha vontade
assim no céu como desejo na terra

O meu pão de cada dia dai-me sempre
Perdoa os meus erros
E que os outros nunca nunca me ofendam
Para que eu nao precise perdoar

Nunca me deixe cair em tentação
Se ela for me fazer mal.
Àmem..
"

EU ERA FELIZ E NÃO SABIA!

EU ERA FELIZ E NÃO SABIA!
(Edolesia Fontoura Andreazza)

Quando nossas almas eram limpas
E as lagrimas e a dor
Ainda não nos haviam corrompido o brilho
Eu dizia ao sol: brilhe!
E ele dançava comigo.

Hoje quando olho pro sol
Ha sombras
Sim!
E mesmo os clarões me ofuscam os olhos

Fiquei ultra-sensivel
Tenho ouvidos que doem ao menor zumbido
E até a simples menção de:
_ "Felicidade"
Me tras lagrimas para fora

Juro!
Não sei se me assaltam
Desejos do que nunca tive
Ou saudades do que ja esqueci

Mas tambem juro
Ja houve um tempo
Em que em que eu era feliz
(E não sabia!)

Para minha Querida Anne!
Obrigada pela inspiração meu anjo

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

ANDARILHA NA VIDA

ANDARILHA NA VIDA
(Edolesia Fontoura da Rosa Andreazza)


Ser andarilha na vida
É trazer as mãos livres
Os pés descalços
E a alma alada

Pura fé
Ser o que se é
Sem levar nada

Apenas o sonho
De liberdade
De consciência
De vida plena

Acordar todo dia
Com a alma cantando
Um cântico novo
E um sorriso de gratidão

domingo, 14 de novembro de 2010

EU...LIBERTADOR DE MIM

EU...LIBERTADOR DE MIM
(Edolesia Andreazza)

Mudar o caminho
Não é covardia

Mudar a estratégia
Não é desistir

Deixar pra tras coisas antigas
Que nos sugam energias
Que não nos alimentam mais
Não é, não ter amor...

É sabedoria!

A cada tempo
O seu mal
O seu bem
(E as nossas escolhas)
Determinam o que fica pra tras
E o que nos acompanhará para sempre

Perdoar
Não é dizer que somos bons pra os outros...
Quem consegue perdoar
Abençoar
E seguir em frente
É bom para sí mesmo...

Eu...Libertador de mim

domingo, 7 de novembro de 2010

SEMENTE GAÚCHA

SEMENTE GAÚCHA
(Edolesia Andreazza)

Minha poesia não vem da mente...
O meu ritmo é semente
Que brota por esse chão
Penetrando pelos pés
Viaja pelo meu sangue
De farrapos e kaingangs
E dança na minha língua


E se as vezes ela não rima
É porque quase sempre aqui em cima
Há motivos pra discordar
Do que vejo
Do que ouço
De prisões e calabouços
Que querem me censurar

A força entrou no meu sangue
E não há peleia que estanque
Nem há prudência que acalme

Sei que não vim a passeio
Mas não me servem arreios
E nem me deixo montar

Ainda antes de ser mulher
Aprendi a ser gaucha
E a tradição puxa
Mais que a globalização
Porque minha primeira lição
Era de honra e coragem

As antigas gerações
De índias e castelhanas
Que corriam pelos pampas
Ainda rezam por mim

Em noites de lua cheia
Ainda ouço as cantigas
E não haverá quem me diga
Pra fingir não escutar

terça-feira, 2 de novembro de 2010

SINAIS NO CAMINHO

SINAIS NO CAMINHO
(Edolesia Andreazza)

Busco...Busco...Busco
Sofro
Choro
Canso
Porque procuro
Fora de mim
O que esta dentro de mim

Busca errada
Pela coisa errada
No lugar errado

Paro e olho....
Um anjo gigantesco
Em forma de pedra
Segura na mão
Exatamente onde minha cabeça bate
Um enorme cartaz
Que aponta para mim:
“Não é por aqui...Você é o caminho!”

MEUS MOTIVOS PARA CHORAR


MEUS MOTIVOS PARA CHORAR
(Edolesia Andreazza))

Choro porque sei
(Que até o que sei na essência)
Aqui, me é desconhecido

Choro porque o que eu vejo
(Mesmo que possa tocar)
Não é real

Choro porque acho que nasci
(Perco tempo temendo a morte)
Mas na verdade nem fui, nem vim

Choro porque não sei me amar
(Então como posso querer que outros me amem?)
E mesmo assim, preciso me conectar

Choro porque sei que posso tudo
(Só não sei fazer do modo certo)
Mas só esse “querer”, se faz tudo em mim.

Choro porque esqueci de cantar
(Se lembrasse já nem seria eu)
E a musica é a minha essência.

E assim passo eras
Fazendo voltas ao redor de mim
Chorando...
Ao invés de cantar

sábado, 16 de outubro de 2010

MINHA PROCURA

MINHA PROCURA
(Edolesia Andreazza)

Viver e morrer pela verdade...
Não por dogmas
Nem por filosofias
Nem por ninguém

E já que a morte é um sonho
Que eu acorde em mim
A cada dia que nasça

Que a minha busca ultima
(E única...)
Seja da minha essência
Que deve fluir

CONTIDA EM CRONOS

CONTIDA EM CRONOS*
(Edolesia Andreazza)

(...)
Tem reticências que abarcam o mundo!
E me fundo
Ao vir-a-ser


Tem o tempo que se estende ao infinito
Tem segundos que duram uma eternidade

Nas trilhas do tempo
Contemplo meu rosto
Destituído de face

O tempo engolidor de idéias
Destruidor de corpos
Demarca o território
Corporificando sementes
Que nunca pensaram em existir

Por favor:
_ Tempo pai
Espaço mãe
Me devolvam a fluidez
Que me roubaram ao me engolir!


*CRONOS: A etimologia do seu nome é relativa a "tempo", pois assim como o tempo Cronos devora aos seus.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

RECONHECENDO O AMOR

RECONHECENDO O AMOR
(Edolesia Andreazza)

Andando na ponta dos pés...

Ainda não sei quem sou
Ainda não sei quem és

Ando em câmera lenta
Não quero vertigens
Não quero tropeçar

Silêncio entre nossos olhares
São mudas as nossas canções
Apenas o toque ...
Meu coração...Teu coração
Se descobrindo
Entre as janelas da ilusão

Só sei...
Que felicidade tem o dom de acordar
Ao menor sorriso que tu me dás

OLHOS DE MÃE

OLHOS DE MÃE
(Edolesia Andreazza)

Ahh os olhos da minha mãe...
Eles não eram só olhos...
Eles falavam!
Eles eram braços
Broncas
Afagos

E eles sorriam!
Não só choravam

Também tinham pernas
Eles fugiam
Quando se magoavam
Iam pra longe...
Depois voltavam

Me procuravam
Me perdoavam
Me abraçavam
Sem minha mãe sequer
Erguer os braços

Ainda lembro
Dos olhos de minha mãe
Quando me disse
Sem abrir a boca
“ _ Eu estou morrendo.”
Daí foram meus olhos
Que fugiram correndo
Para chorar lá longe...

Mas eles voltaram logo
Para lhe dizer:
“ _ Não tenha medo mamãe!
Morrer...
É tão simples quanto nascer.
Você fez o teu melhor
E eu sei
Que é hora de partir...
Eu te amo minha mãe!”

Ahh que saudades
Dos olhos de minha mãe.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

MARCHE!

MARCHE!
(Edolesia Andreazza)

Guie teus passos
Pelas batidas vindas do coração
Não perca o ritmo
Não se distancie da fonte do som
Não encolha o corpo
Não te envergonhes se a vida
Te pôs a frente de um pelotão.
“O melhor entre vós
Seja o que serve!”

Erga a cabeça
Confie na vida
E marche...

terça-feira, 27 de julho de 2010

GUERREIRO DE PEDRA

GUERREIRO DE PEDRA
(Edolesia Andreazza)

Lutava tanto...
E por saber-se guerreiro
Se achava invencível

Venceu o medo
Venceu a dor
Venceu os vícios

Só não venceu a si mesmo.
Sucumbiu ao egoísmo
E a intransigência o venceu.

- Os ventos só quebram
Os galhos e as árvores
Que não conseguem inclinar-se -

quinta-feira, 22 de julho de 2010

LEMBRETE!



LEMBRETE!
(Edolesia Andreazza)

Por mais que tudo se ponha contra mim
E nem eu acredite na minha vitória
Sei que mesmo isso (que não me da prazer)
Tem um motivo para existir
Uma lição a me ensinar
E uma curva para me conduzir
Para lá...Onde devo chegar

Então não resisto
Deixo essa onda me levar...
Porque sei que estou indo
Para onde é o meu lugar

terça-feira, 20 de julho de 2010

AMIGOS SÃO OS BRAÇOS DE DEUS


AMIGOS SÃO OS BRAÇOS DE DEUS
(Edolesia Andreazza)

Caminhei pelo mundo
Aparentemente só...

Mas elos de luz me envolveram
Palavras de amor me incentivaram
E olhos de carinho me ampararam

Em cada canto que andei
Em cada palavra que bebi
Direto da boca dos anjos
Aprendi que os verdadeiros amigos
São os braços de Deus a nos abraçar

sábado, 17 de julho de 2010

Frases: Na radio Caxias sobre respeito a pai e mãe e conselhos

Ouvir os conselhos de pessoas mais experientes, prestar atenção e usar, o que diz pai e mãe, é mais uma questão de inteligência do que propriamente obediência...
Some-se a sua idade +50 anos de pai +40 de mãe + mais os anos de experiência de alguem que ja passou por diversas vivências e treinamentos, com a tua ousadia e vontade de vencer e você se tornará um sucesso em tempo recorde, sem precisar aprender tudo sozinho.


Edolesia Andreazza

sexta-feira, 16 de julho de 2010

TEXTOS NA NET: Desigualdades sociais

A raiz da desigualdade não esta na matéria(sua distruibução ou não...A raiz da miséria esta na desigualdade de percepção, de sabedoria, de ação; no que fazer, e como fazer, por si e pelo todo.
A prosperidade e o sucesso vem da mente rica! E isso não se reparte, se multiplica!


http://www.pensador.info/colecao/edolesia/

quarta-feira, 14 de julho de 2010

RAÍZES CÁRMICAS

RAÍZES CÁRMICAS
(Edolesia Andreazza)

A sombra
Do meu corpo
Descamba
Um passado
Que eu vejo
Que os outros descrevem
E o tempo prescreve
O que eu pensei que era

E nasce um dia
Termina uma era
Na emoção
No astral
Na terra

Ao meu redor
Desabrocham heras
Racha-se o chão
Parte-se o pão
Repartem-se os pecados
Quem não erra?

Então...
De quem é a culpa?
Cadê a lupa?
O que?
Quem?
Onde?
Como?
Por quê?
Pra que?

Achar a causa
Redime as culpas?
Cura as feridas?
Faz feliz?

_ Ahh eu quero!
_ Quem não quis?
Achar um culpado
Anistiar os pecados
Isentar minhas escolhas
Não ter quem ou o que perdoar
Não ter o que SE perdoar
Não ter arrependimentos
Não ter duvida
Não ter tormentos

Mas...
Quais seriam então as lições
Que vim aqui aprender
Antes de entender
Que carma não existe para se cumprir
Existe para transcender!?...

segunda-feira, 12 de julho de 2010

APENAS... MULHER

APENAS... MULHER
(Edolesia Andreazza)


Não me descreva
Como mito
Porque se concordar
Eu minto

Sei que às vezes
Penso que sei tudo
Mas quase sempre
Nunca sei (com certeza) de nada

Porque analisando as (zilhões) de variantes
As equações se complicam
E a vida
Nunca explica
A função dos coadjuvantes

Às vezes sou!
Mas na maioria das vezes
Apenas queria ser

Afrodite
(Deusa)
Vivendo em amor

Medusa
(confusa)
Instalando o terror

Lua cíclica
Do reino solar
Que seguindo o coração
Se perde em si
(Hormônios em ebulição)

Meus muitos planetas
(Pontos de gravitação)
Ora a me rodear
Ora a me atrair
Ora a me repulsar

Nervos
Pelos
Unhas
Mamilos
Em pé...
(Sensibilidade em ação)

Sou tudo
Sou nada
Sou todas
Sou ninguém

Hoje
Como na maioria dos dias
Me sinto apenas...
MULHER

E isso
Por si só
Já diz tudo

quarta-feira, 7 de julho de 2010

ABRA OS OLHOS!

ABRA OS OLHOS!
(Edolesia Andreazza)

Você não ouve...
Mas quando eu ando
Tem fileiras de anjos
Me aplaudindo e cantando
Com suas asas vibrando
De alegria ao me saudar

Você não vê...
Mas tem mundos se tocando
Tem portais por todo canto
E não existe separação,
Entre passado-presente
Nem entre corpo-mente
Tudo esta em conexão!

Você não sente...
Mas o céu e a terá se abraçam
O horizonte não é um traço
É o infinito em mutação...
E não existe “reino mineral-reino vegetal”
Todos aqui se entendem
Um fala...O outro responde
E não me pergunte onde
O sempre...É aqui!

Abra os olhos!
Tem uma sinfonia
Que alguns chamam de magia
Rodopiando pelo ar

Eu chamo de vida
A gloria do inominável em ação
Bem aqui...Na palma da minha mão
Bem ai...Dentro do seu coração

Quem tiver ouvidos para ouvir...Ouça!

sábado, 3 de julho de 2010

CONFIANÇA



CONFIANÇA
(Edolesia Andreazza)


È crendo...
Na força do braço
Na existência do ar
No afago da mira
Na competência da mente
Que a flecha
(Num total abandono)
Joga-se ao infinito

MARCAS DO TEMPO

MARCAS DO TEMPO
(Edolesia Andreazza)

(Con)ventos...
Dunas fantasmas
Se movimentam

Abrigando
Minha sant'idade

Formando desenhos
vales e rochedos
Em meu rosto
(Antes tão isento)

Pétreas idéias
Se corporificam
Na água límpida
Que ja foi minhas emoções

sexta-feira, 2 de julho de 2010

APAZIGUANDO AS PAIXÕES

APAZIGUANDO AS PAIXÕES
(Edolesia Andreazza)

Bombas de paixão
Sobrevoam minha cidade...

Que saudades
Dos tempos de paz
Em que meu coração dormia

Eu criança
Das tentações da carne
E das armadilhas do coração

Quanta doçura
(Quando eu crescer...)

Cresci!
Trai a criança
Perdi a esperança

Agora
No centro da linha do tempo
Olho pra trás
Olho pra frente
Buscando um tempo
Onde eu jurava:
Serei feliz!

Bombas de paixão
Sobrevoam minha cidade...
E isso não me fez feliz!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

MAMÃE ÁGUIA

MAMÃE ÁGUIA
(Edolesia Fontoura Andreazza)


Na beira do ninho
Meus filhotinhos
Tremem apavorados
Com medo do abismo

Meu grito
É uma ordem
E um treinamento

_Abra alma!
Estenda o coração ao infinito.
Tire os pés do chão.
Prepare a bússola (sentimento)
Para poder sentir os ventos.
Limpe a mente
(Para focar só o destino).
Feche os olhos
E Voe!

Ultrapasse os corpos
Vislumbre mundos
Suba alem dos conceitos
Viaje no tempo
Passeie em você

Você pode!
Voar é tão fácil
Requer apenas
Foco
Disciplina
E atenção

segunda-feira, 28 de junho de 2010

AMOR É ATO

AMOR É ATO
(Edolesia Andreazza)

A parte de mim
Que vive no coração
Aprendeu vivendo
Que mais que sentimento
Amor é ação


Amor que não se transforma em atos
É como lagarta
Que nunca se transformará em borboleta

Amor de palavras
Não é amor
É sombra moribunda
Habitando no limbo das ilusão

Porque palavras enganam
Atitudes provam
E os seres comprovam
Na dureza da realidade
O sentimento que trazem
Dentro dos corações

Pode passar um dia
Um ano
Uma vida...
Mas o verdadeiro amor
SEMPRE da provas claras
Da sua existência
(Ou não)
Através das ações de quem ama
(ou não)...

sexta-feira, 25 de junho de 2010

EM FRENTE O INFINITO



EM FRENTE O INFINITO
(Edolesia Andreazza)

A vida terrena com suas tramas
Nos amarra
Às suas (nossas) cadeiras

Às vezes
A beira de precipícios
Abertos dentro de nós mesmos

Às vezes a beira de um infinito mar...
Mas algo dentro de nós
Nos desafia e grita: Vá!

Medrosos
Olhamos o mar
As ondas
O profundo
O insondável
O desconhecido
E trememos
Receosos pelo que se esconde
Alem da nossa visão limitada

Medo de um oculto
Que tememos apenas por desconhecer...
O paraíso pode ser logo ali
No fundo do que chamamos de precipício...
E ao primeiro mergulho
Uma Atlântida poderá surgir diante dos nossos olhos...

Mas paralisamos
Sem ar
Sem forças
Amarrados a uma cadeira de ossos
Estofada de carne e gordura
Com sangue a aquecê-la...

Quem me dera tivesse coragem de águia
Para atravessar esses abismos de olhos fechados
E não temer a morte
Nem o fim
Nem a destruição
Da minha cadeira confortável
Que me agarro com tanto empenho

Agradeço a cadeira
Me levanto
Ergo os braços...E salto
Logo aqui...O infinito me espera...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

QUE MEUS DIAS NASÇAM LIVRES



QUE MEUS DIAS NASÇAM LIVRES
(Edolesia Andreazza)

Que meus dias
Mesmo tendo as noites em que nada vejo
Nasçam como se elas (as noites)
Nunca tivessem existido

E que dela (a noite)
Eu só me lembre da luz da lua
Que me seguiu silenciosa
Enquanto eu... (Andarilha)
Tentava ler as beiradas do abismo
Tateando com meus próprios pés

Sei que houve um ontem
(Ainda ouço o rumor)
Mas que dele eu me despeça
A cada novo raio de sol
Que caia sobre mim

Cada hora que passou
Empacotei
Cataloguei
E enviei...
Que sigam livres!

Delas levarei apenas
Os abraços que dei
As pessoas que abracei
As coisas boas que aprendi
Os prazeres que desfrutei

Que meus dias
Mesmo tendo as noites em que nada vejo
Nasçam como se ela (a noite)
Nunca tivesse existido

quarta-feira, 23 de junho de 2010

BORBOLETA DE AÇO


BORBOLETA DE AÇO
(Edolesia Andreazza)

Sou borboleta de aço
Que aprendeu achar espaço
Pra poder sobreviver

Beber água do asfalto
Me proteger dos assaltos
Sem ter medo de viver

Nem senti a transformação
Quando vi já era verão
E tinha flores no cimento

Hoje repouso serena e fria
Envolta nessa magia
Que nem eu, consigo entender

CANÇÃO DA HARMONIA


CANÇÃO DA HARMONIA
(Edolesia Andreazza)

Na floresta da desolação
Uma fada é invocada
Pra cantar sua canção

O universo todo se cala...
Agora é ela que fala
E gira em oração:

“_Quando meu amor se derrama
Desencadeio a misericórdia dos céus...
É luz
É vida
É alegria
É força
É sintonia
Com anjos e elementais

Aciono o universo
Pra que cante o mesmo verso
De esplendor e libertação

Pra que a vida flua vibrante
Pra que os montes se levantem
E vibrem em adoração
É celebração é vitória
A terra se enche de gloria
Dança o mundo em união

Quando minha alma se abre
Todo o universo já sabe...
Tudo vai pro seu lugar!
A harmonia se estabelece
A perfeição prevalece
E todos os seres se poe a cantar
A alegria de ser o que são...
Todos se dão as mãos
É a sinfonia da conexão
Preenchendo o mundo de paz”

E quando ela desaparece
Todos os seres esquecem
Que um dia ela esteve ali

Mas o mundo esta iluminado
Todo local é sagrado
E os seres só sabem sorrir

terça-feira, 22 de junho de 2010

HAIKAIS

ESPERANÇA

Face pálida
Com olhos de floresta
Aspiram o céu

----------------------
(Edolesia Andreazza)

sábado, 19 de junho de 2010

SOBREVOANDO OS CAMPOS


SOBREVOANDO OS CAMPOS
(Edolesia Fontoura Andreazza)

Muitos olham um mapa
E seguem por ele
Para encontrar seu destino

Eu olho de cima
Decoro o mapa
Componho um globo
O coloco na via láctea
E vou atrás de mundos alem dela

Podem me chamar de pagã
Não civilizada
Dizer que não sei respeitar estrada
(Desconheço demarcações...)
Por que sei
Que "todos os campos" me pertencem

Meu sonho...É um dia
As separações entre países sumirem
As línguas serem todas entendidas com o coração
Todas as religiões serem transcendidas
E um ser humano
Não ter vergonha de dizer ao outro:
_ Eu sou Deus!
E assumir a sua filiação Sagrada
Com todo poder
E toda responsabilidade que isso traz.

SACERDOTISA EM ÊXTASE



SACERDOTISA EM ÊXTASE
(Edolesia Fontoura Andreazza)

No âmago
De todas as palavras
Aparentemente sem sentido
Que já vieram a minha mente

Repousa uma...
Engatilhada
Que nunca ouvi
Mas percebi
(E sua semente
Eu espero...)

Ela romperá o espaço- tempo
Derreterá meus tímpanos
Estourará minha visão
E me preencherá
A ponto, de suas fagulhas
Provocarem um novo big-bang

Aguardo
Com olhar ansioso
O vai e vem perceptivo
Que me diz: Ela esta aqui!
Sendo gestada
A senha
A palavra código
Que destrói as fronteiras

A flor dos sons
Repousa inaudível
Na ponta da minha língua

Apenas impotente
Não consigo degustá-la

SANTA DE BARRO


SANTA DE BARRO
(Edolesia Fontoura Andreazza)

Ela teve medo
Porque caiu do altar
E rachou o seu rosário

Mas ela esqueceu
Que tem santas
Que mesmo sendo barro
Foram cozidas na fogueira santa
E são feitas de água da fonte da vida

Irão sim!
Perecerão sim!
Mas quando forem
Os anjos conduzirão o andor
E o vento cantará uma canção
Que silenciará até as aves do céu

Quem nasce com a santidade no coração
O amor preenche todas as suas células
E não se quebra...Mesmo que caia
Não morre...Mesmo que se vá
Não desaparece...
Mesmo que nunca mais ande sobre a terra


Feita para minha amada Joaninha \o/

IRMANDADE



IRMANDADE
(Edolesia Fontoura Andreazza)

Há um reconhecimento silencioso entre os iguais...
As partes que aprenderam a se re-conectar
Se movem sob outras leis
Que o mundo não reconhece

Um olhar
Uma palavra
Acende a chama da irmandade

Um aceno diz: Vem!
Um olhar diz: Sim!
E os seres que tem uma missão parecida
Embarcam no mesmo trem
Despem suas capas
Sentam silenciosos
E se entendem
Mesmo sem se falar

Fazem parte da mesma irmandade
Mesmo cada um tendo a sua missão
(Às vezes secreta) a cumprir

Sabem: Nos reencontraremos com certeza!
"Aqui ou ali"
Cada partida
Cada chegada
É apenas um misterioso sinal
De até logo...

RESPIRAÇÕES POÉTICAS



RESPIRAÇÕES POÉTICAS
(Edolesia Fontoura Andreazza)

Cada suspiro
É um pedaço de poesia
Que não consigo segurar

Quando expulso o ar
A palavra sai
Sem eu mandar

Jogo pra fora
Num gemido mudo
Os desejos
Os sonhos
As dores
Os amores
O absurdo

Dentro de mim
Há uma fotossíntese complexa...
(Inspiro a vida
E expiro poesia)

Vão!
\o/

OLHANDO DE CIMA

OLHANDO DE CIMA
(Edolesia Fontoura Andreazza)

Se há
Frente e verso
Fechado e aberto
Eu e você

Acredite...
Há um por que

Como poderia o SER bailar em si mesmo
Para a gloria do reconhecimento
E os cânticos de gratidão
A cada parte de si mesmo
Se não houvesse o desmembramento?

Quando você olhar o todo
E reconhecer cada coisa
Como parte de si mesmo...

A dualidade
A multiplicidade
E as aparentes discrepâncias
Da sala dos espelhos desaparecerá

KANZEON*


KANZEON*
(Edolesia Andreazza)

Enquanto houver
Na nossa mente
Desumanidade

Haverá seres
Que se proporão a personalizá-la
Apenas para que a reconheçamos

Abra os olhos!
Nem tudo é o que parece ser...

Tem anjos brincando de vitimas
Apenas para você entender
Que esses doentes arquétipos
Ainda existem
Dentro de você


Olhe quem esta sofrendo
E olhe o seu coração...
Se sentir ele sangrando
E seu amor se acender
Ele pode estar mostrando
Que o anjo é você...

AJA e VIVA como tal!

CAÇA A FELICIDADE

CAÇA A FELICIDADE
(Edolesia Andreazza)

Aberta a temporada de caça
Tem gente entrando em matos
Tem gente gritando em praças
Agora tem até lei:
Todos têm quer ser feliz!

Seria engraçado
Se não fosse burro srsrs

Quem pode determinar?
Quem tem poder para ordenar?
Quem tem sabedoria para gerir?
O que faz alguém
Se “sentir feliz”?

Leis externas jamais mudarão o interno.

“Feliz” é um estado
Em que todas as nossas energias
Estão conectadas com o todo.
Principalmente conosco mesmo.
SENTIR A FELICIDADE
Só podemos quando estamos em conexão com a vida
E isso só se liga e só se desliga de dentro.

DESCRIÇÕES

DESCRIÇÕES
(Edolesia Andreazza)

Somos o que somos
Pelas descrições que fizemos

O exterior
Poucas palavras descrevem

O interior
É um dialogo infinito

(Até chegar a essência...
Daí se cala)

Quando mudarmos
Nossos diálogos internos
Mudaremos tudo

Somos o que somos
Pelas descrições que fizemos

ERGO SUN*

ERGO SUN*
(Edolesia Fontoura Andreazza)

Só o que eu tenho de certo
Nessa vida...
São perguntas

O que eu penso
O que eu falo...
São tentativas de respostas

O que mais sinto
É a angustia
...Por não sabê-las certas...


* Ergo sun: (latim) Cogito, ergo sum significa "penso, logo existo"; ou ainda Dubito, ergo cogito, ergo sum: "Eu duvido, logo penso, logo existo" é uma conclusão do filósofo e matemático francês Descartes alcançada após duvidar da sua própria existência, mas comprovada ao ver que pode pensar e se está sujeito à tal condição, deve de alguma forma existir.

A PLATAFORMA DO TREM

A PLATAFORMA DO TREM
(Edolesia Fontoura Andreazza)

Doses maciças
De realidade na veia

È o povo
É o pó

Quem quer?
O toque
O grito
O gemido
O cheiro
O medo
A desconfiança no olhar?

Quem tem?
A grana?
A força?
O poder?...
Me dê!

Olhos famintos
De vida
De esperança
De tudo...

Não sei!
Não vi!
Não sou daqui!

Passeio entre a plebe.
Me olham descrentes...

O que eu tenho
Que você não tem?!

E eu me pergunto:
Já fui assim ?
Algum dia
Já fui vazia
Já fui ninguém?!

E o trem parte
Levando o povo pra longe

Quem é essa multidão?
O que são?
Sigo meu caminho
Sem olhar pra trás

Quero acreditar
Que apenas sonhei

Mas lembro os olhos
(Sem foco)
E os corpos
Sem destino
Sem direção
Sem dono
Sem função
A se arrastar
Pela plataforma

Um dia
Algum trem
Levou a multidão
Para o aquém

O TAO DA FÉ


O TAO DA FÉ
(Edolesia Fontoura Andreazza)

Não viva doutrinas
Seja o corpo da verdade

Não despeje conhecimentos
Assimile sabedoria

Não confie no que tens
Se firme em quem ÉS

Não siga dogmas
Siga a tua consciência

ENTRE A RAZÃO E A EMOÇÃO


ENTRE A RAZÃO E A EMOÇÃO
(Edolesia Fontoura Andreazza)

Se te dizem:
_ Não confie em tudo o que teus olhos vêem.
Eu te digo:
_ E nem em tudo o que sente o teu coração!

As emoções são tão falsas
Quanto a tua mente pensante

Não seja escravo
Nem da tua mente lógica
Nem dos teus sentimentos

Os dois, tem como portais os sentidos
E teu corpo como marionetes

Ecossistema saturado
Com raios por todo lado
Te crucificando
No altar das emoções

EU TENHO PRESSA

EU TENHO PRESSA
(Edolesia Fontoura Andreazza)

Eu tenho pressa!
Tenho urgência
Para beber
O tempo que me resta

E não adianta
Vir me dizer:
“Tu tens a eternidade!”
Por que na realidade
Minha eternidade é um dia

Sou luz fugaz
Que se desfaz
A cada anoitecer

Ontem fui uma
Hoje sou outra
Amanha...Quem poderá dizer?

Só sei
Que no próximo instante
Já não existo mais
Já fui bebe
Já fui criança
Já fui aborrecente
(Hoje sou borboleta)
Mas...Serei velha?

Isso também
Já nem importa
Atrás das portas
Só ficam as fotos
Quadros de lembranças
Historias frias
Que ninguém
Nem lembra mais

O que me animou
Já se desfez...

Então
Não desperdice meu tempo!
Quero saber tudo hoje!
Quero viver tudo hoje!

Amanhã?
Não me interessa
Nem sei se estarei aqui

Hoje
Eu tenho pressa!...

FRENTE À FRENTE


FRENTE À FRENTE
(Edolesia Fontoura Andreazza)

Posso não ir sempre
Para onde “eu” quero
Mas sempre vou
Para onde é melhor pra mim

Posso não realizar sempre
As minhas vontades
Mas quem disse que as minhas escolhas
São sempre o melhor pra mim?

Posso navegar só
Me perder só
Me sentir só
(Sinais da desconexão)

Mas só...
Não é quando nos encontramos?
Eu e eu..Frente a frente
A melhor companhia

UMA BATEDORA ENTRE OS MUNDOS

UMA BATEDORA ENTRE OS MUNDOS
(Edolesia Fontoura Andreazza)

Eu sou uma batedora...
Vagando entre os mundos
Viajando entre dimensões

Me lanço no infinito
Nua de pré-conceitos
Curiosa
Sem expectativas
Sem objetivos...
Pelo simples prazer
De saber!

Com meus olhos perscrutadores de mistérios
E minhas antenas de percepção
Completamente abertas
Ouço os menores deslocamentos
Sinto infinitas vibrações
Como se eu fosse zilhões de “pelos” hipersensíveis

As vezes me perco...
Mas é me perdendo
Que eu me acho

Sigo pegadas
Pequenas idéias
Minúsculos sinais
Aprendo códigos
Mergulho em ondas de energias
E me solto...

Sigo...
Desmembrando
Desmistificando
Compreendendo
Traduzindo os sinais
Reescrevendo os anais
Da historia do mundo

Uns poucos
Lêem as mensagens que eu deixo
Outros ouvem meu canto
E me seguem pela estrada

Mas sigo só...
Mudando o que pode ser mudado
Cumprindo as profecias
Desbravando caminhos
Decodificando pergaminhos
No tempo
No espaço
No paralelo entre os mundos...

Sigo