sexta-feira, 25 de junho de 2010

EM FRENTE O INFINITO



EM FRENTE O INFINITO
(Edolesia Andreazza)

A vida terrena com suas tramas
Nos amarra
Às suas (nossas) cadeiras

Às vezes
A beira de precipícios
Abertos dentro de nós mesmos

Às vezes a beira de um infinito mar...
Mas algo dentro de nós
Nos desafia e grita: Vá!

Medrosos
Olhamos o mar
As ondas
O profundo
O insondável
O desconhecido
E trememos
Receosos pelo que se esconde
Alem da nossa visão limitada

Medo de um oculto
Que tememos apenas por desconhecer...
O paraíso pode ser logo ali
No fundo do que chamamos de precipício...
E ao primeiro mergulho
Uma Atlântida poderá surgir diante dos nossos olhos...

Mas paralisamos
Sem ar
Sem forças
Amarrados a uma cadeira de ossos
Estofada de carne e gordura
Com sangue a aquecê-la...

Quem me dera tivesse coragem de águia
Para atravessar esses abismos de olhos fechados
E não temer a morte
Nem o fim
Nem a destruição
Da minha cadeira confortável
Que me agarro com tanto empenho

Agradeço a cadeira
Me levanto
Ergo os braços...E salto
Logo aqui...O infinito me espera...

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