segunda-feira, 28 de junho de 2010

AMOR É ATO

AMOR É ATO
(Edolesia Andreazza)

A parte de mim
Que vive no coração
Aprendeu vivendo
Que mais que sentimento
Amor é ação


Amor que não se transforma em atos
É como lagarta
Que nunca se transformará em borboleta

Amor de palavras
Não é amor
É sombra moribunda
Habitando no limbo das ilusão

Porque palavras enganam
Atitudes provam
E os seres comprovam
Na dureza da realidade
O sentimento que trazem
Dentro dos corações

Pode passar um dia
Um ano
Uma vida...
Mas o verdadeiro amor
SEMPRE da provas claras
Da sua existência
(Ou não)
Através das ações de quem ama
(ou não)...

sexta-feira, 25 de junho de 2010

EM FRENTE O INFINITO



EM FRENTE O INFINITO
(Edolesia Andreazza)

A vida terrena com suas tramas
Nos amarra
Às suas (nossas) cadeiras

Às vezes
A beira de precipícios
Abertos dentro de nós mesmos

Às vezes a beira de um infinito mar...
Mas algo dentro de nós
Nos desafia e grita: Vá!

Medrosos
Olhamos o mar
As ondas
O profundo
O insondável
O desconhecido
E trememos
Receosos pelo que se esconde
Alem da nossa visão limitada

Medo de um oculto
Que tememos apenas por desconhecer...
O paraíso pode ser logo ali
No fundo do que chamamos de precipício...
E ao primeiro mergulho
Uma Atlântida poderá surgir diante dos nossos olhos...

Mas paralisamos
Sem ar
Sem forças
Amarrados a uma cadeira de ossos
Estofada de carne e gordura
Com sangue a aquecê-la...

Quem me dera tivesse coragem de águia
Para atravessar esses abismos de olhos fechados
E não temer a morte
Nem o fim
Nem a destruição
Da minha cadeira confortável
Que me agarro com tanto empenho

Agradeço a cadeira
Me levanto
Ergo os braços...E salto
Logo aqui...O infinito me espera...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

QUE MEUS DIAS NASÇAM LIVRES



QUE MEUS DIAS NASÇAM LIVRES
(Edolesia Andreazza)

Que meus dias
Mesmo tendo as noites em que nada vejo
Nasçam como se elas (as noites)
Nunca tivessem existido

E que dela (a noite)
Eu só me lembre da luz da lua
Que me seguiu silenciosa
Enquanto eu... (Andarilha)
Tentava ler as beiradas do abismo
Tateando com meus próprios pés

Sei que houve um ontem
(Ainda ouço o rumor)
Mas que dele eu me despeça
A cada novo raio de sol
Que caia sobre mim

Cada hora que passou
Empacotei
Cataloguei
E enviei...
Que sigam livres!

Delas levarei apenas
Os abraços que dei
As pessoas que abracei
As coisas boas que aprendi
Os prazeres que desfrutei

Que meus dias
Mesmo tendo as noites em que nada vejo
Nasçam como se ela (a noite)
Nunca tivesse existido

quarta-feira, 23 de junho de 2010

BORBOLETA DE AÇO


BORBOLETA DE AÇO
(Edolesia Andreazza)

Sou borboleta de aço
Que aprendeu achar espaço
Pra poder sobreviver

Beber água do asfalto
Me proteger dos assaltos
Sem ter medo de viver

Nem senti a transformação
Quando vi já era verão
E tinha flores no cimento

Hoje repouso serena e fria
Envolta nessa magia
Que nem eu, consigo entender

CANÇÃO DA HARMONIA


CANÇÃO DA HARMONIA
(Edolesia Andreazza)

Na floresta da desolação
Uma fada é invocada
Pra cantar sua canção

O universo todo se cala...
Agora é ela que fala
E gira em oração:

“_Quando meu amor se derrama
Desencadeio a misericórdia dos céus...
É luz
É vida
É alegria
É força
É sintonia
Com anjos e elementais

Aciono o universo
Pra que cante o mesmo verso
De esplendor e libertação

Pra que a vida flua vibrante
Pra que os montes se levantem
E vibrem em adoração
É celebração é vitória
A terra se enche de gloria
Dança o mundo em união

Quando minha alma se abre
Todo o universo já sabe...
Tudo vai pro seu lugar!
A harmonia se estabelece
A perfeição prevalece
E todos os seres se poe a cantar
A alegria de ser o que são...
Todos se dão as mãos
É a sinfonia da conexão
Preenchendo o mundo de paz”

E quando ela desaparece
Todos os seres esquecem
Que um dia ela esteve ali

Mas o mundo esta iluminado
Todo local é sagrado
E os seres só sabem sorrir

terça-feira, 22 de junho de 2010

HAIKAIS

ESPERANÇA

Face pálida
Com olhos de floresta
Aspiram o céu

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(Edolesia Andreazza)

sábado, 19 de junho de 2010

SOBREVOANDO OS CAMPOS


SOBREVOANDO OS CAMPOS
(Edolesia Fontoura Andreazza)

Muitos olham um mapa
E seguem por ele
Para encontrar seu destino

Eu olho de cima
Decoro o mapa
Componho um globo
O coloco na via láctea
E vou atrás de mundos alem dela

Podem me chamar de pagã
Não civilizada
Dizer que não sei respeitar estrada
(Desconheço demarcações...)
Por que sei
Que "todos os campos" me pertencem

Meu sonho...É um dia
As separações entre países sumirem
As línguas serem todas entendidas com o coração
Todas as religiões serem transcendidas
E um ser humano
Não ter vergonha de dizer ao outro:
_ Eu sou Deus!
E assumir a sua filiação Sagrada
Com todo poder
E toda responsabilidade que isso traz.

SACERDOTISA EM ÊXTASE



SACERDOTISA EM ÊXTASE
(Edolesia Fontoura Andreazza)

No âmago
De todas as palavras
Aparentemente sem sentido
Que já vieram a minha mente

Repousa uma...
Engatilhada
Que nunca ouvi
Mas percebi
(E sua semente
Eu espero...)

Ela romperá o espaço- tempo
Derreterá meus tímpanos
Estourará minha visão
E me preencherá
A ponto, de suas fagulhas
Provocarem um novo big-bang

Aguardo
Com olhar ansioso
O vai e vem perceptivo
Que me diz: Ela esta aqui!
Sendo gestada
A senha
A palavra código
Que destrói as fronteiras

A flor dos sons
Repousa inaudível
Na ponta da minha língua

Apenas impotente
Não consigo degustá-la

SANTA DE BARRO


SANTA DE BARRO
(Edolesia Fontoura Andreazza)

Ela teve medo
Porque caiu do altar
E rachou o seu rosário

Mas ela esqueceu
Que tem santas
Que mesmo sendo barro
Foram cozidas na fogueira santa
E são feitas de água da fonte da vida

Irão sim!
Perecerão sim!
Mas quando forem
Os anjos conduzirão o andor
E o vento cantará uma canção
Que silenciará até as aves do céu

Quem nasce com a santidade no coração
O amor preenche todas as suas células
E não se quebra...Mesmo que caia
Não morre...Mesmo que se vá
Não desaparece...
Mesmo que nunca mais ande sobre a terra


Feita para minha amada Joaninha \o/

IRMANDADE



IRMANDADE
(Edolesia Fontoura Andreazza)

Há um reconhecimento silencioso entre os iguais...
As partes que aprenderam a se re-conectar
Se movem sob outras leis
Que o mundo não reconhece

Um olhar
Uma palavra
Acende a chama da irmandade

Um aceno diz: Vem!
Um olhar diz: Sim!
E os seres que tem uma missão parecida
Embarcam no mesmo trem
Despem suas capas
Sentam silenciosos
E se entendem
Mesmo sem se falar

Fazem parte da mesma irmandade
Mesmo cada um tendo a sua missão
(Às vezes secreta) a cumprir

Sabem: Nos reencontraremos com certeza!
"Aqui ou ali"
Cada partida
Cada chegada
É apenas um misterioso sinal
De até logo...

RESPIRAÇÕES POÉTICAS



RESPIRAÇÕES POÉTICAS
(Edolesia Fontoura Andreazza)

Cada suspiro
É um pedaço de poesia
Que não consigo segurar

Quando expulso o ar
A palavra sai
Sem eu mandar

Jogo pra fora
Num gemido mudo
Os desejos
Os sonhos
As dores
Os amores
O absurdo

Dentro de mim
Há uma fotossíntese complexa...
(Inspiro a vida
E expiro poesia)

Vão!
\o/

OLHANDO DE CIMA

OLHANDO DE CIMA
(Edolesia Fontoura Andreazza)

Se há
Frente e verso
Fechado e aberto
Eu e você

Acredite...
Há um por que

Como poderia o SER bailar em si mesmo
Para a gloria do reconhecimento
E os cânticos de gratidão
A cada parte de si mesmo
Se não houvesse o desmembramento?

Quando você olhar o todo
E reconhecer cada coisa
Como parte de si mesmo...

A dualidade
A multiplicidade
E as aparentes discrepâncias
Da sala dos espelhos desaparecerá

KANZEON*


KANZEON*
(Edolesia Andreazza)

Enquanto houver
Na nossa mente
Desumanidade

Haverá seres
Que se proporão a personalizá-la
Apenas para que a reconheçamos

Abra os olhos!
Nem tudo é o que parece ser...

Tem anjos brincando de vitimas
Apenas para você entender
Que esses doentes arquétipos
Ainda existem
Dentro de você


Olhe quem esta sofrendo
E olhe o seu coração...
Se sentir ele sangrando
E seu amor se acender
Ele pode estar mostrando
Que o anjo é você...

AJA e VIVA como tal!

CAÇA A FELICIDADE

CAÇA A FELICIDADE
(Edolesia Andreazza)

Aberta a temporada de caça
Tem gente entrando em matos
Tem gente gritando em praças
Agora tem até lei:
Todos têm quer ser feliz!

Seria engraçado
Se não fosse burro srsrs

Quem pode determinar?
Quem tem poder para ordenar?
Quem tem sabedoria para gerir?
O que faz alguém
Se “sentir feliz”?

Leis externas jamais mudarão o interno.

“Feliz” é um estado
Em que todas as nossas energias
Estão conectadas com o todo.
Principalmente conosco mesmo.
SENTIR A FELICIDADE
Só podemos quando estamos em conexão com a vida
E isso só se liga e só se desliga de dentro.

DESCRIÇÕES

DESCRIÇÕES
(Edolesia Andreazza)

Somos o que somos
Pelas descrições que fizemos

O exterior
Poucas palavras descrevem

O interior
É um dialogo infinito

(Até chegar a essência...
Daí se cala)

Quando mudarmos
Nossos diálogos internos
Mudaremos tudo

Somos o que somos
Pelas descrições que fizemos

ERGO SUN*

ERGO SUN*
(Edolesia Fontoura Andreazza)

Só o que eu tenho de certo
Nessa vida...
São perguntas

O que eu penso
O que eu falo...
São tentativas de respostas

O que mais sinto
É a angustia
...Por não sabê-las certas...


* Ergo sun: (latim) Cogito, ergo sum significa "penso, logo existo"; ou ainda Dubito, ergo cogito, ergo sum: "Eu duvido, logo penso, logo existo" é uma conclusão do filósofo e matemático francês Descartes alcançada após duvidar da sua própria existência, mas comprovada ao ver que pode pensar e se está sujeito à tal condição, deve de alguma forma existir.

A PLATAFORMA DO TREM

A PLATAFORMA DO TREM
(Edolesia Fontoura Andreazza)

Doses maciças
De realidade na veia

È o povo
É o pó

Quem quer?
O toque
O grito
O gemido
O cheiro
O medo
A desconfiança no olhar?

Quem tem?
A grana?
A força?
O poder?...
Me dê!

Olhos famintos
De vida
De esperança
De tudo...

Não sei!
Não vi!
Não sou daqui!

Passeio entre a plebe.
Me olham descrentes...

O que eu tenho
Que você não tem?!

E eu me pergunto:
Já fui assim ?
Algum dia
Já fui vazia
Já fui ninguém?!

E o trem parte
Levando o povo pra longe

Quem é essa multidão?
O que são?
Sigo meu caminho
Sem olhar pra trás

Quero acreditar
Que apenas sonhei

Mas lembro os olhos
(Sem foco)
E os corpos
Sem destino
Sem direção
Sem dono
Sem função
A se arrastar
Pela plataforma

Um dia
Algum trem
Levou a multidão
Para o aquém

O TAO DA FÉ


O TAO DA FÉ
(Edolesia Fontoura Andreazza)

Não viva doutrinas
Seja o corpo da verdade

Não despeje conhecimentos
Assimile sabedoria

Não confie no que tens
Se firme em quem ÉS

Não siga dogmas
Siga a tua consciência

ENTRE A RAZÃO E A EMOÇÃO


ENTRE A RAZÃO E A EMOÇÃO
(Edolesia Fontoura Andreazza)

Se te dizem:
_ Não confie em tudo o que teus olhos vêem.
Eu te digo:
_ E nem em tudo o que sente o teu coração!

As emoções são tão falsas
Quanto a tua mente pensante

Não seja escravo
Nem da tua mente lógica
Nem dos teus sentimentos

Os dois, tem como portais os sentidos
E teu corpo como marionetes

Ecossistema saturado
Com raios por todo lado
Te crucificando
No altar das emoções

EU TENHO PRESSA

EU TENHO PRESSA
(Edolesia Fontoura Andreazza)

Eu tenho pressa!
Tenho urgência
Para beber
O tempo que me resta

E não adianta
Vir me dizer:
“Tu tens a eternidade!”
Por que na realidade
Minha eternidade é um dia

Sou luz fugaz
Que se desfaz
A cada anoitecer

Ontem fui uma
Hoje sou outra
Amanha...Quem poderá dizer?

Só sei
Que no próximo instante
Já não existo mais
Já fui bebe
Já fui criança
Já fui aborrecente
(Hoje sou borboleta)
Mas...Serei velha?

Isso também
Já nem importa
Atrás das portas
Só ficam as fotos
Quadros de lembranças
Historias frias
Que ninguém
Nem lembra mais

O que me animou
Já se desfez...

Então
Não desperdice meu tempo!
Quero saber tudo hoje!
Quero viver tudo hoje!

Amanhã?
Não me interessa
Nem sei se estarei aqui

Hoje
Eu tenho pressa!...

FRENTE À FRENTE


FRENTE À FRENTE
(Edolesia Fontoura Andreazza)

Posso não ir sempre
Para onde “eu” quero
Mas sempre vou
Para onde é melhor pra mim

Posso não realizar sempre
As minhas vontades
Mas quem disse que as minhas escolhas
São sempre o melhor pra mim?

Posso navegar só
Me perder só
Me sentir só
(Sinais da desconexão)

Mas só...
Não é quando nos encontramos?
Eu e eu..Frente a frente
A melhor companhia

UMA BATEDORA ENTRE OS MUNDOS

UMA BATEDORA ENTRE OS MUNDOS
(Edolesia Fontoura Andreazza)

Eu sou uma batedora...
Vagando entre os mundos
Viajando entre dimensões

Me lanço no infinito
Nua de pré-conceitos
Curiosa
Sem expectativas
Sem objetivos...
Pelo simples prazer
De saber!

Com meus olhos perscrutadores de mistérios
E minhas antenas de percepção
Completamente abertas
Ouço os menores deslocamentos
Sinto infinitas vibrações
Como se eu fosse zilhões de “pelos” hipersensíveis

As vezes me perco...
Mas é me perdendo
Que eu me acho

Sigo pegadas
Pequenas idéias
Minúsculos sinais
Aprendo códigos
Mergulho em ondas de energias
E me solto...

Sigo...
Desmembrando
Desmistificando
Compreendendo
Traduzindo os sinais
Reescrevendo os anais
Da historia do mundo

Uns poucos
Lêem as mensagens que eu deixo
Outros ouvem meu canto
E me seguem pela estrada

Mas sigo só...
Mudando o que pode ser mudado
Cumprindo as profecias
Desbravando caminhos
Decodificando pergaminhos
No tempo
No espaço
No paralelo entre os mundos...

Sigo