O TACAPE NA MONTANHA
(Edolesia Andreazza)
Os tambores tocam dentro de mim
E seu som acompanha meus passos
Nas entranhas da terra
A vida pulsa e me chama
Instintivamente procuro meu colo
Onde a grande mãe me reserva
As energias corretas
As passagens secretas
Que estão a me chamar
Portais
Labirintos
Esconderijos
Caminhos secretos
Que outros Xamãs já trilharam
Acordo aqui
Olho em volta
O mundo mudou
As cidades cresceram
E os homens esqueceram
As antigas lições
Baixo meus olhos
E choro
Percebo o velho tacape cerimonial
Sendo batido fortemente na pedra ao meu lado
E procuro o olhar infinitivo do velho Xamã
Olho seus olhos...
Eles não entendem:
Como as pessoas não percebem
As janelas para o céu
As portas para o infinito
Bem ali
Escrito
Com a escrita do coração
Alguns desavisados
Relaxam sob as velhas arvores da terra sagrada
Sentam a beira do caminho
E pensam: “Senti algo estranho!”
Pelegrino...Você esteve la!
E a consciência atemporal
O conhecimento armazenado
Nas células da terra
Repousa ilegível
Aos ciclistas e apressados
Que passam correndo
Pela vida sem ler
3 comentários:
Sua palavras tocam no coração...
Esse poema me levou longe em mim mesma; suas palavras ecoaram tempos pedidos em mim. Lindo!!!!!!!
_/\_
O tempo esta dentro de nós, podemos usa-lo para nos achar Alidia :D
Prazer imenso te-la aqui amada!
Espero q venha sempre dar uma espiadinha
:)
bjss
Obrigada André pelo carinho e pelos lindos comentarios, ainda não descobri o teu blog, quando aparecer me deixa e o link tah?
bjus amigos
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